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27.8.07
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00:47
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BÁta-me
- E aí, comprou algum almodóvar lá na Argentina?
- HÃ????
- O quê? Que foi?
- Você perguntou se eu comprei o quê???
- Almodóvar! Pô, todo mundo que vai compra!
- Alfajor?
- É, isso.
:P
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25.8.07
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20:38
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Disney On Ice
Ingressos comprados para o mês que vem. Por 80 pratas por cabeça, espero que o Matheus REALMENTE goste de patinação no gelo. :P
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22.8.07
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00:03
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Encerrando
 Como ninguém mais aguenta ouvir alguém falando tanto da Argentina, é hora de encerrar o assunto. Este último post sobre essa viagem vai aproveitar e responder duas questões de uma vez:
Andar de snowboard é difícil? É.
Você vai colocar foto dos seus micos? Vou. :)
Sobre a primeira pergunta, quem tem alguma intimidade com skate ou prancha de surf tem mais facilidade em pegar o jeito da coisa, o que explica não ter sido algo muito rápido pra mim. :) Mas calcei as sandálias da humildade e paguei duas horas de aula, que considero terem sido fundamentais. Aí depois foi festa.
Não, não, pensando bem, depois das aulas é que foi um desastre! Porque enquanto eu estava aprendendo, estava ali limitado ao que o professor mandava fazer. Pagava uns micos controlados, como me estabacar na neve sem conseguir frear, ou mesmo o pior tipo de mico por lá, que era não saber subir, se manter, ou mesmo descer do teleférico terrestre, que puxa o esquiador pela bunda (não pergunte).
Eu disse que depois das aulas é que a coisa ficou pior, porque o manézão aqui pegou confiança cedo demais, e caiu tanto que estou até hoje com os pulsos doendo. O momento mais doloroso foi quando um sujeito se materializou na minha frente sem nenhum aviso, o que por pouco não quebrou as leis da física que proibem dois corpos de ocuparem o mesmo lugar no espaço. Nós dois rolamos alguns metros de tal forma que demorou até pra desatar a prancha depois. :P
Mas de uma forma geral, eu não fiz feio não. Confiram algumas fotos aqui, aqui, e aqui.
 Já o momento mais ridículo foi quando eu, após descer a montanha inteira, lá no finzinho tentei, sei lá, me mostrar pra Rossana, perdi o controle e atravessei a pista, indo direto pra parte "virgem" de neve fofa. Eu fiquei ali "entalado", sem conseguir me mexer, e a Ro prontamente sacou a máquina recém-comprada e registrou o momento ridículo. Ainda bem que ela não sabia ainda filmar, e me poupou de um video onde eu ficava me agitando em todas as direções pra conseguir mover a prancha sob a neve, e consequentemente minhas pernas e cintura. :P
Mas a experiência é bastante recompensadora. Mesmo com queda, com mico, e com hematomas, já penso em esquiar novamente. Mas dessa vez tem que ser com outro casal, porque quando acabar a pilha das mulheres, elas ficam conversando e bebendo no bar, enquanto os caras continuam até a sirene tocar e a estação fechar. :)
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21.8.07
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20:03
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Análise antropológica
Uma coisa interessante de se fazer em Bariloche era analisar a molecada. A gastação de onda maior entre eles era sair à noite pra balada de camiseta sem manga, com temperatura abaixo de zero. Então, naquele frio lunar, passavam grupos de garotos cantando (os argentinos adolescentes cantavam sempre que estavam em grupos de mais de 8 pessoas), mas com os braços e ombros encolhidos, achando que eles estavam disfarçando em parecer não estar com frio. Não sei se as meninas davam valor a isso, mas elas estavam agasalhadas, não entravam nessa maluquice deles.
Já uma coisa enlouquecedora por lá - e eu ouvi dizer que em outros locais do pais também são assim - é o atendimento horrível dos garçons. Tanto o guia turístico quanto a revista Viagem davam o mesmo aviso aos brasileiros: não se irrite com o atendimento dos garçons, que não tem o mesmo comportamento do garçon brasileiro (que eu até então achava ser mau-humorado). Eles são, com raríssimas exceções, ranzinzas, intolerantes, de saco cheio, e levam 20 minutos pra chegar até a sua mesa após CADA chamada sua. E ai de você tentar falar com ele antes dele te dar atenção, ele simplesmente te ignora e continua fazendo o que está fazendo.
Sério, isso era de matar. Depois que fomos embora do primeiro restaurante, percebemos que era inútil continuar fazendo isso, porque quase todos são iguais. Então o jeito era aguentar.
Eu lembro de ter reparado se era um comportamento somente em cima de clientes brasileiros, mas vi que não. Era com todo mundo. A diferença é que o argentino tá acostumado, não se importa. A gente é que rói o talher de raiva. :)
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18.8.07
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23:45
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Escolhendo o snowboard
Deixa eu terminar logo de falar da Argentina para voltarmos ao nosso tema default, que é o dia-a-dia em família.
 Bom, só ali na estação de esqui que eu descobri que existe uma prancha de snow para quem usa a perna direita como apoio principal, e outra pra quem usa a esquerda.
- Señor, qual es su lado?
- Lado?
- Si, lado. Acá o acá. Qual es?
- Eu sou destro.
- Muy bueno, Yo tambien. Pero no era mi pregunta.
- Então não sei.
O cara então sai de trás do balcão, vem por trás de mim e me empurra com força, me fazendo deslocar dois passos para frente. Nessa ele viu que eu usava a perna direita como apoio para restaurar o equilíbrio.
- Entonces, este é su snow. Próximo!
Ok, fez sentido, mas ele poderia não ter gostado tanto do método, né? ;)
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16.8.07
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14:44
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Epa
Que legal, este blog foi indicado pela edição deste mês da revista Pais e Filhos! Confiram aqui! :)
Obrigado à leitora Marcia Nunes por ter me avisado. Eu mesmo nunca descubro essas coisas. Se um dia vocês acharam uma referência nossa por aí, me chamem pra eu ver também, please! :)
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14.8.07
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01:06
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Incêndio no Cerro Catedral
 Quando eu estou entre amigos e conto as coisas que acontecem comigo, alguns acham que eu exagero. Felizmente, desta vez eu estava com a minha camera na mão de prontidão, e pude registrar perfeitamente o ocorrido (o que me reforça ainda mais a questão de que eu preciso urgentemente de uma câmera portátil. Mas já estou trabalhando nisso).
Mas vamos lá para os posts-tragédias:
PRIMEIRO dia de passeio, dia belíssimo, fomos ao Cerro Catedral, a estação de esqui principal de Bariloche. O esquema com o guia era o seguinte: nada dessas escursões de todo mundo com a mesma roupa, fazendo as mesmas coisas. O cara ia largar a gente lá e buscar no fim do dia. Quem estivesse lá, voltava com ele. Quem não estivesse, era melhor ter dinheiro pro táxi ou aprender a pedir carona em casteliano. O ponto de encontro era em frente a um bar/restaurante específico, e que também alugava equipamento de ski/snowboard.
Mas não é que, assim que estávamos chegando lá, o ponto de encontro começou a PEGAR FOGO? Sim, pode acreditar! Um curto-circuito provocou o incêndio, que lambeu rapidamente todas as roupas da loja, destruindo o complexo. As lojas ao lado entraram em pânico, porque os bombeiros não estavam nem perto de chegar e as chamas já iam nas alturas!
Confiram algumas das fotos aqui, aqui e aqui.
Terrível, não? Mas como pros turistas tudo é festa, tinha gente até se aquecendo ali, só faltou venderem espetinhos com marshmallow para você derreter no fogo e comer. :P
 Registrei também a matéria oficial que foi estampada nos principais jornais no dia seguinte.
Ok, acha que a história acabou? Calma, as coisas nunca são muito normais comigo. Já dá pra sentir pelo título do próximo post:
Outro incêndio no Cerro Catedral
 "Ah, não, agora forçou a barra! Dois incêndios consecutivos?"
Pois é, meu amigo. What are the odds?
No dia seguinte não voltamos à estação de esqui, mas no dia depois deste, sim. E quando foi meio dia, um novo incendio começa em um outro ponto do local. Este, embora não tenha sido tão destruidor, foi num momento de alta movimentação e gerou pânico entre todos que estavam por perto. E desta vez não vieram somente ambulâncias e bombeiros, veio também a polícia, provavelmente achando estranho dois incêndios tão similares em tão pouco tempo. Eu, se fosse um policial, faria uma visitinha à estação de esqui concorrente, só pra dar uma checada no álibi deles... ;)
Ok, acabou a sessão tragédia?
Não!!! :O
A velhinha despencante
Três horas depois uma senhora CAI DO TELEFÉRICO!!!
Olha, se tem algo que não se pode dizer do Cerro Catedral é que aquele é um lugar de poucas emoções, fala sério! Mas antes de contar essa preciso dar uma ambientada na situação:
A roupa de esqui consiste em uma malha fina antitranspirante (como essas da nike), e um casaco impermeável (este aqui emprestado pelo super Pedro Dale, valeu, brou!) que não esquenta mas corta o vento. Como você sua pra caramba com o esforço, é só o que você precisa. Mas até chegar lá e depois de ir embora, eu também vestia, entre essas duas peças, um casaco, única peça que esquentava e segurava a onda enquanto não rolasse esforço físico. Ou seja, de manhã eu deixava o casaco no locker, e só o pegava na hora de ir embora. Como eu em 95% do tempo estava me movimentando, não sentia a temperatura abaixo de zero.
Mas e nos 5% restantes? Esse era o tempo do teleférico, que levava uns 20 minutos pra chegar até o topo da montanha. Sim, nessa hora rolava um frio bizarro, mas não tinha outro jeito.
E não é que, justamente nos meus 20 minutos, uma velhinha cai da cadeirinha? E, sabe-se lá por que, os caras desligam o aparelho quando isso ocorre. Eu simplesmente fiquei QUASE UMA HORA parado ali, com tanto frio, tanto frio, TANTO FRIO, que quando cheguei no bar no alto da montanha só não me taquei na lareira porque a Rossana - que me esperava aflita lá em cima sem saber se era eu ou não o mergulhador de neve - me segurou a tempo.
Mas nada que a emoção de descer a montanha de snow não me distraísse logo depois. Eu só tinha que lembrar de evitar cruzar embaixo do teleférico, por via das dúvidas...
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13.8.07
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12:02
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No check-in
 - Senhor, janela ou corredor?
- Os dois.
:)
Curiosidade: o vôo de ida foi de 5h10' e o de volta, e 3h:40'. Estranho, não? Depois disseram que na ida o vôo foi contra a corrente de vento, e na volta, à favor. Faz sentido, mas não achei que influenciasse tanto assim. De qualquer forma, eu levei comigo um notebook carregado de seriados prontos para serem vistos, o que reduziu drasticamente o tédio desse tempo de viagem. :)
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12.8.07
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17:34
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Dia dos pais
 Além da ótima surpresa de eu ter sido recebido no aeroporto pelo Matheus, já que este foi o fim de semana dele com a mamãe e o combinado seria eu pegá-lo somente no dia seguinte, ainda ganhei um lindo presente com um cartão todo especial, que diz:
Papai,
Com todo o meu amor chegou o dia dos pais.
Você é o meu melhor pai que eu já tive.
Você me deu dois videogames e eu vou te dar uma coisa também.
Beijinhos, Matheus
Ehehehe! Bom, eu achava que tinha sido o único, mas ser o melhor já tá bom demais!
Adorei, carinha! ;)
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A propósito, um parabéns especial de dia dos pais ao meu amigo Pedro Dale, que descobriu há pouco que vai ser papai também, e já até fez o blog pro moleque! É isso aí, meu velho! Parabéns pelo dia e pela nova fase!
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4.8.07
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00:20
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Merecimento
Matheus acaba de jogar seu videogame e vai falar com a mamãe:
- Mamãe, ainda tenho algumas coisas pra ganhar de natal.
- Carinha, você já não acha que ganhou muita coisa não?
- Não!!! Ano passado eu fui muito menos bonzinho e ganhei um monte de outras coisas...
:D
Mas uma coisa eu tenho que admitir, ele está muito mais bonzinho, educado e comportado que no ano passado. Só que não podemos fazê-lo achar que bom comportamento é recompensado com presentes. Essa é a parte chata de educar... :)
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Bom, este blog vai dar uma parada por uma semana. Farei uma merecida pausa para aprender snowboard. Assim que eu voltar e descongelar, conto como foi. :)
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1.8.07
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00:50
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Wiispetáculo
 Depois de tantas perguntas sobre o mais novo videogame da Nintendo, resolvi fazer uma página com algumas informações mais gerais sobre este console.
Então, aqui está o prometido review do Wii.
Agora um fato que está me deixando impressionado: o Matheus está provando ter uma forma física invejável, onde ele consegue jogar por HORAS sem se cansar! Já eu joguei 40 minutos de baseball e caí estragado no sofá depois, com dores nos tríceps que duraram a noite toda!
Velhice é fogo...
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Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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