Olá.
Bem vindo ao projeto Matheus Day-by-Day. Aqui eu pretendo registrar um pouco da alegria diária que envolve essa fantástica experiência que é a paternidade. A intenção é manter uma atualização bastante frequente. Espero que consiga.
Esta não e só uma maneira de trazer ao contato dos parentes e amigos que nem sempre estão por perto o crescimento do meu filhote, mas também é uma homenagem minha a ele - uma espécie de diário moderno - onde estou, espero, investindo num futuro onde nós dois nos sentaremos juntos, daqui a 10 anos, e relembraremos estes bons momentos de nossas vidas.
Espero que curtam este pedacinho do nosso dia a dia do mesmo jeito que eu curto em dividí-los com vocês.

Um abraço,
                    papai Gustavo.


Ah, não deixe de conferir as postagens anteriores aqui!




Matheus ensina como fazer uma escultura com toalhas!

Conheça os segredos das imagens 3D!

Faça você mesmo o seu ímã de geladeira!

Descubra o que é isso, e como uma simples foto pode ajudar a identificar essa doença


















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28.8.04
18:17 ::
Bolinha misteriosa
- Paaai!! Mãããããe!!! - grita o Matheus.
- Que foi, filho?
- Tem uma bolinha aqui!

Segundos de silêncio.

- Paaaai, tem uma bolinha aqui, ó!
- Tem, filho? - falei meio que sem atenção, sem a menor vontade de ir lá. :)
- Tem sim vem ver!!
- Depois, filho.
- Não, pai, tem uma bolinha aqui dentro, vem ver!!!!

Ok, ok, lá fui eu.
E quando cheguei lá, vi o Matheus sentado peladinho, mexendo no... hummm... é... bom, basta dizer que ele está descobrindo o próprio corpo. :)



25.8.04
19:51 ::
Gafe olímpica
Ah, não resisto, tenho que registrar essa aqui.
Uma comentarista da Band, numa conversa sobre chances de medalhas para o Brasil nesse final de olimpíada, disse que são muito talentosas "essas meninas da Hidroginástica"!!

As irmãs do nado sincronizado devem ter ficado felizes com a comparação... :P



24.8.04
18:35 ::
Cabeçada light
Estou no computador vendo uns seriados trashes dos anos 80 que eu baixei pela internet, quando ouço um... TUM!!! E logo depois um...

- Buaááááááááaá!!!!

(Ehehee. "Buáá" é bem onomatopéia de Maurício de Souza, né? Mas fazer o quê, eu cresci lendo isso, então vai "Buá" mesmo) Então corri pra ver o que aconteceu e vi o Matheus com a mão na testa e a porta do armário aberta. Peguei ele no colo e perguntei:

- Machucou a testa na porta, filho? Tá doendo?

E ele, ainda chorando, e me abraçando:

- Não, foi só o sustinho...

<:)



21.8.04
00:30 ::
Festa de meio de semana
- Olha o meu pai lá, pessoal! Vamos lá pra ele fazer alguma coisa engraçada! Hã? Cansado? Que nada, ele adora fazer isso sempre várias vezes!!!Sabe aqueles dias que você sai do trabalho cansadão, morrendo de vontade de chegar em casa e não fazer mais nada até dormir? Pois bem, ontem foi um dia desses. Só que não foi bem isso que eu acabei fazendo...

Cheguei na creche, e de dentro do carro já vejo uma movimentação anormal. Ao passar pelo portão, cruzo com um pai de um amiguinho do Matheus saindo, que quando me vê, pergunta no meio da maior algazarra:

- Blablindupatatublém? - Pois é, foi o que eu entendi.
- Hã?
- Blablindupatatublém?

Como nem ele nem eu efetivamente paramos de andar para falar, a essa hora ele já estava do lado de fora e eu no meio do pátio. Eu não ia ser chato de mandar um outro "Hã", então disse a única coisa que poderia:

- Bliblublabliblu! - nem precisei falar muito baixo, porque o barulho que as crianças estavam fazendo estava tão alto que não me preocupei em mascarar a resposta. Só mandei um sorriso no rosto e pronto. Ele então deu um ok com o polegar e saiu.

Então começo a ver um monte de crianças arrumadinhas, quase nenhuma de uniforme. Pensei "Xiii, será que perdi algum evento aqui dentro? E pra onde tá indo todo mundo com pressa?", até que uma das crianças fala de festa. Então a frase misteriosa começa a fazer algum sentido, eu acho que ele falou algo como "tá indo pra lá também", ou algo assim. Ops, acho que eu me comprometi com alguma coisa. :)

Então chega o Matheus já dando bronca:

- Papai, por que é eu não trouxe a roupinha pra festa do Pedro Silva?

Caramba, a festa do Pedro Silva! E o pior é que além de eu estar cansadão, não tinha roupa pro Matheus ir, e nem mesmo compramos presentes. E a Camille já estava em casa, a qual, naquela hora do Rush, levaria mais de uma hora pra chegar. Ir até lá e voltar estava fora de cogitação.

Esperei então chegarmos no carro pra eu dar as más notícias pra ele. Mas antes que eu pudesse tocar no assunto, ele se adiantou:

- Pai, vamos rápido! Já tá todo mundo lá!!!
- Olha filho, desculpe, mas a gente esqueceu da festinha. Mas já sei, vamos combinar de fazer uma outra coisa?

Que vergonha tentar dissuadí-lo da festinha. E claro que não colou, né? Ele começou a chorar. Eu liguei pra Camille pra convencê-la a fazermos essa maratona de ir pra lá, trocar de roupa, e voltar pra cá, mas ela não tinha conseguido dormir a noite passada, então estava ainda pior do que eu.

Bom, já dá pra imaginar o que aconteceu, né? Não tive muita escolha. As crianças passaram o dia inteiro falando da tal festinha, que eu mesmo estava zangado comigo por estar tentando fazê-lo desistir de ir. Então fomos a um shopping, compramos uma roupa nova, um brinquedo pro aniversariante e partimos pra lá. Eu não só estava terrívelmente cansado, como tive também que ficar sozinho ali com ele na festa toda, pra cima e pra baixo, pagando o maior mico de rebocar uns seis salgadinhos cada vez que o garçom passava, porque quando eu ia dar pro Matheus, os dois amiguinhos que estavam com ele também queriam. E pega salgado, e pega água, e dá atenção pra senhora que quer falar que o filho dela é um gênio, e separa briga de criança que quer entrar ao mesmo tempo no brinquedo que só cabe um...

O pior é, depois de tudo isso, às 11 da noite, entrar no carro silencioso, ar condicionado ligado, e não poder dormir em 2 minutos como o Matheus...

Ninguém merece festa infantil no meio da semana.



19.8.04
10:27 ::
Cegonha 2.0
E pra levantar o astral, uma historinha sobre educação pós-moderna que eu ouvi hoje:

- Pai, como foi que eu nasci?
- É, filho, tínhamos mesmo que ter esta conversa algum dia... bom, vamos lá: eu e sua mamãe nos conhecemos num chat qualquer na internet, nem me lembro mais qual foi. E no meio do bate-papo, o papai marcou um encontro com a mamãe num Cybercafé e acabamos juntos no banheiro dele. A seguir, a mamãe fez uns downloads no memory stick do papai e quando estava tudo pronto para o upload, descobrimos que não havia qualquer tipo de firewall conosco. Como era tarde demais para dar o cancel, e como também sempre fui chegado numa banda-larga, papai acabou fazendo o upload de qualquer jeito. Nove meses depois o víru... quero dizer, você... apareceu pra gente. Entendeu?

:)


10:21 ::
Ovelha-negras
Ontem fui numa reunião de reflexão comportamental que teve na escolinha do Matheus. Lá, basicamente falou-se da importância das regras e de como gerenciar os problemas que a recusa em segui-las causa.

Mas o que me impressionou foi a atitude de alguns pais - que não têm autoridade com os filhos - de ajudar a burlar essas regras. Como por exemplo, um que manda chocolate escondido na mochila da escola pra criança comer quando não quiser almoçar direito (!!!). Ou seja, é claro que aí mesmo é que ela não vai comer, afinal saber que tem um doce gostoso na mochila é quase uma tortura pra criança.

Também tem o tipo de pai - ou mãe, claro - que deixa a criança ir com roupa normal pra escola porque ela não quis pôr o uniforme de jeito nenhum. Mesmo que não houvesse problema com isso (e há, já que nesse período as crianças não podem se referenciar por roupas bonitas ou feias, caras ou baratas, todos têm que estar iguais), deixar o filho fazer algo que você sabe que é errado, e só porque não consegue convencê-lo do contrário, é inadmissível. O Matheus não é uma criança-modelo em obediência, mas ele sabe, desde pequeniniho, que existem coisas negociáveis, e outras não. Assim como coisas premiáveis, e coisas obrigatórias. E essas coisas não se misturam nunca.

Fazer todas as vontades de um filho desde cedo, seja por pena ou por sentimento de culpa, só prejudica a criança. Ter um filho não é uma taréfa fácil, mas se você decidiu ter um, faça a coisa direito. A irresponsabilidade de um adulto nessa hora pode condenar o caráter da criança no futuro, e pai algum tem o direito de fazer isso.



15.8.04
22:21 ::
Selvagens do Recreio
Guerreiros... Guerreiros... venham brincaaar...Conversando sobre afetos e desafetos na escolinha, o Matheus cita, como exemplo deste último, um nome que eu ainda não tinha ouvido antes.

- Mas porque você não é amigo desse garoto?
- Porque não. E também não sou amigo do Gustavo. - outro nome de amiguinho que eu ainda não tinha ouvido.
- Mas por que, carinha?
- Porque eu não gosto deles.
- E por que então você não gosta dele?
- Porque eles são do CA.
- E daí?
- Daí que eles gritam com a Vitória. E a gente do Jardim 2A grita com eles.

Vejam só que curioso, eles não só já estão se dividindo, como comprando a briga de seus semelhantes. Essa Vitória, apesar de eu gostar muito dela, não é uma das preferidas do Matheus, mas nem por isso ele deixou de defendê-la, no melhor estilo "mexeu com um, mexeu com todos". :)

Eheheehe. Fico só imaginando, na hora do recreio, a turminha do Matheus encostada no murinho, braços cruzados, pé na parede, observando a turma rival chegando e encarando todos nos olhos, enquanto arrastam suas canequinhas de água do Mickey pela grade fazendo barulho...

Eu juro que eu queria não achar isso engraçado. :)



12.8.04
22:09 ::
Só um pouquinho
Matheus dormiu ontem na casa da vovó Lena.
De madrugada, ele desperta e fala baixinho no ouvido dela:

- Vovó? Vovó?
- Hã, o que foi, Matheus?
- Vovó... você pode roncar mais baixinho? Só um pouquinho?

Ehehehee... :)



10.8.04
18:11 ::
Desilusão amorosa - parte 2
Lembram-se desse post, que falava sobre a partida da Clarinha, a namoradinha do Matheus? Ele fala nela até hoje, mas muito menos desde que arrumou outra namorada na sala - a Bruna - sobre quem eu também já comentei aqui. Ela é um amorzinho, os dois estão sempre juntos e combinam muito bem.

Digo, estavam.
Não é que a Bruna saiu da escola anteontem? :~(

Desde segunda ele vem falando pra mim que ela foi embora, mas eu achei que tinha saído de férias, ou algo assim. Nem dei muita bola. Só que ele repetiu tanto isso, que hoje eu fui checar a informação na escolinha. E é isso aí, ela mudou de escola.

Poxa, filho... vem cá, senta aqui no colo do papai, e ouve uma coisinha que eu vou te dizer do fundo do coração: você é muito pé frio!



7.8.04
21:28 ::
Festa errada
Ontem fomos a um aniversário de uma parte da família da mamãe Camille, num restaurante em Laranjeiras. Mesmo sendo uma comemoração informal, a velha máxima de (qualquer) família se manteve: sempre tem alguém que vai vestido de forma... hummm... exagerada.

Havia uma senhora que estava com um vestido longo, brilhante, cheio de paetês, e até echarpe. Só não tinha um chapéu porque estava de noite. Ela veio até a nossa mesa nos cumprimentar, e o Matheus solta essa, altão, e com cara de indignado:

- Eeei!!! Mas hoje não é casamento!!!!

Ainda bem que eu não estava na mesa com eles, senão não tinha conseguido encarar a dona sem rir. O pior é que fica parecendo que estavam comentando isso antes dela chegar, o que não aconteceu.

Mas que todo mundo concordou, concordou. :)



5.8.04
17:31 ::
O Bush-Gardens é aqui
- Papai, deixa eu brincar agora? - Ainda não. - E agora? - Mais um pouco. - Agora? - Não...Vejam só que máximo esse brinquedo que inventaram: uma espécie de Lego de montanha-russa. Você customiza a sua pista e vê se o carrinho consegue completar o percurso.

Isso é que é diversão para toda a família! :)
Bom, ao menos para a minha, já que todo mundo aqui gosta de montanha-russa.

Cliquem na imagem acima para ver um exemplo. O site do brinquedo é este aqui, e uma vez lá, vale a pena ver as outras fotos e o video.



4.8.04
11:36 ::
Revidar ou não?
Esse é um dilema antigo, que volta sempre à tona de tempos em tempos. De vez em quando o Matheus me conta, no carro, que um amiguinho bateu nele. Tem uns dois carinhas na sala dele que são meio rudes mesmo. Antigamente, quando eu o via chegando em casa com machucadinhos, falava na lata: "filho, se um amiguinho bater em você primeiro, você bate nele de volta. Mas só se ele bater de propósito, e primeiro".

Ok, ok, conselho vergonhoso, sei disso. Eu exagerava um pouco porque também sei que ele não revida. Ele não é disso, não tem essa natureza de provocar dor nos outros. Foi quando eu cansei de vê-lo comentar sobre o tanto de empurrão que tomava desses dois amiguinhos ciumentos (já que o Matheus é o queridinho da turma), que passei a pregar a regra do toma-lá-dá-cá.

Isso foi há alguns meses. Agora ele tem voltado a reclamar novamente dos mesmos brigões. E, quando eu peço pra ele fazer a mesma coisa de volta, ele me chama a atenção:

- Não pode, papai! Isso é errado. Tem que falar com a professora.
- E você fala?
- Falo.
- E o que ela faz?
- Ela diz pra eles não fazerem mais isso.

Ok, seria perfeito se isso não acontecesse todos os dias. Mas acontece. A minha situação é que é mais complicada. Como posso insistir para que ele faça algo errado? Eu devia é ficar orgulhoso dele fazer a coisa certa mesmo quando está sendo prejudicado.

Não tenho muita saída senão esperar que uma hora a professora seja mais enérgica. Vou conversar com ela agora na sexta-feira, que vai ter a festinha do dia dos pais.

Não, pensando bem, acho que vou aproveitar o evento e eu mesmo vou bater no pai deles... :)



2.8.04
22:58 ::
Pare
Ok, se o filme conclui algo do bom dos EUA, é a sua REAL liberdade de expressão. Nunca vi um presidente ser tão exposto e humilhado quanto o Bush nesse filme.Pare o que está fazendo. Pare de ler este blog.
Vá ao cinema agora e veja o novo documentário do Michael Moore: Fahrenheit 9/11.
O filme é tão bom e tão importante, que eu abri uma exceção e o publiquei aqui no Day by day, mesmo o tema não tendo nada a ver com o clima família aqui do blog.
Amanhã a gente recomeça. :)




Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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