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28.5.04
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15:42
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Micos
Já dizia o poeta que ter filhos é pagar mico. Sei lá que poeta, oras.
Mas se nenhum ainda disse isso, então eu digo. :)
Qual pai já não ficou pouco à vontade quando, falando ao telefone com a esposa numa reunião, o filho pega o telefone e começa a falar com você com aquela vozinha dizendo que tá com saudades e quer que você chegue logo em casa pra brincar com ele. Não tem jeito, a gente tenta evitar mas acaba ficando que nem retardado no telefone, e depois que desliga ainda fecha a cara e fala pro cara ao lado "Pois é... meu filho". :)
E quando a gente tá no shopping, e ele lembra de uma brincadeira engraçada de assoprar barriga, e quer fazer de novo em você? Em público? Pois é. Esses micos acontecem o tempo todo.
Mas os piores são os que ficam registrados. Vejam esse cara aí embaixo tirando foto com o filho ao lado do Scooby Doo. O cara, que só pensou em agradar o filho, pecou gravemente por sua desatenção na hora de sentar:
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25.5.04
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21:45
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Ex-pajem
Sábado agora fomos no belo casamento da Tia Renata.
O Matheus foi novamente pajem. Ou melhor, era pra ter sido. :/
A igreja estava muito bem decorada, a noiva estava belíssima, o padre era simpático, o sermão não foi tedioso, ou seja, era pra ter sido perfeito. Mas não foi, graças a cerimonialista mais mau humorada que já vi na vida.
Como alguém que tem esse emprego, e uma hora tem que lidar com crianças muito pequenas, pode se dar ao luxo de ser rabugenta? O Matheus estava em pé na entrada, todo arrumadinho, e fazendo aquela cera normal de quem se intimida com a multidão na última hora. Então, ao invés dela ajudar com alguma conversa, disse pra minha mãe na frente dele que ele não precisava entrar, pra deixar pra lá de uma vez. E num tom de voz nada simpático.
Sabíamos que dessa vez seria necessário um certo jogo de cintura, porque da outra vez que ele foi pajem, a Camille e eu éramos simples convidados, ficamos ali com ele até o último minuto. Mas dessa vez nós também éramos padrinhos, tinhamos que ficar na fila, por isso pedi a minha mãe que ficasse ali na hora com ele. E ela estava convencendo-o normalmente, quando veio a estressadinha reclamar da demora e mandar todo mundo pros seus lugares. Aí mesmo que ele não quis ir, né?
Na hora de tirar as fotos, uma das daminhas não quis ir, e a megera foi logo mandando prosseguir. A Camille é que foi lá, conversar com a menininha de 3 anos, pedir pro Matheus buscá-la pela mãozinha, pra fazer a foto. Infelizmente, ainda assim ela não quis. Mas é assim que se faz. A dona lá não deve ter filhos, com certeza. Pensando bem, nem marido.
Nessa história toda eu lamento apenas pelos noivos, que tiveram um casamento muito próximo da perfeição, se não fosse essa desistida de última hora. Deu vontade de cobrar da cerimonialista os R$ 75 reais de aluguel da roupinha dele... >:(
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24.5.04
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13:50
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Da série "Patada caseira"
 - Lá-lárá-lá... lálálááááaáá... - canta o Matheus uma musiquinha que eu ainda não havia ouvido.
- Ih, filho, que legal essa música! Quem canta?
- Ué? Eu, ora. Não tá ouvindo a minha voz?
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20.5.04
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22:49
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Fugitivo
Ontem, 8:00h da manhã. Meus pais se levantam em silêncio para não acordar o Matheus, que dormia nesse dia na casa deles, na caminha que fica logo ao lado da cama de casal, e vão para o escritório ler jornal.
Lá pelas 8:30 minha mãe vai ao quarto acordá-lo, porque já começa a chegar a hora de ir pra escolinha. Mas, quando passa pela porta, vê a caminha dele vazia. Ela se abaixa, pra ver se ele caiu e rolou pra debaixo da cama, e nada.
- Ué, cadê o Matheus? - disse a minha mãe pro meu pai ouvir enquanto olhava o banheiro.
- Não tá dormindo?
- Não. Não tá nem nos quartos e nem nos banheiros.
E vão os dois pra sala e pra cozinha:
- Matheus!!
Nada, nem na área de serviço nem no quarto de empregada.
- Matheeeus!!!
E quando minha mãe vai em direção à janela da sala, ouve uma risadinha de fundo. Ela então olha melhor pro sofá e vê o Matheus escondido no meio das almofadas, esperando alguém achá-lo, sabe-se lá há quanto tempo.
Que maldade, que maldade! Esse menino tá ficando arteiro à vera! Onde já se viu fazer isso com os avós? :)
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17.5.04
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21:56
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O "R" da discórdia
O Matheus, como toda criança nessa fase, repete tudo o que ouve. Por isso volta e meia ele usa uma expressão nova, engraçada, ou, eventualmente, chula.
Mas o que está acontecendo agora me incomoda mais do que um eventual palavrão que ele repita sem ter idéia do que está falando. São os vícios de linguagem.
Existe, aqui no Rio de Janeiro, uma forma de falar bastante displicente e irritante, usada muito na periferia do estado, que é o uso exagerado do R em troca do S. Então volta e meia o Matheus solta uma dessas:
- Eu já falei mar de duar vezes!
Putz, como isso dóis os ouvidos. Não é o R puxado do sotaque carioca, é bem pior.
E o meio onde ele vive não se usa esse tipo de coloquialismo. Nem em casa, nem com os amigos, nem com os parentes. O que me leva a uma única direção: sua professora.
Situação difícil essa, não? Como corrigir isso? Mudar o Matheus de turma? Sim, eu faria isso, vocês não tem noção do quanto isso é feio e me incomoda. Mas é maldade separá-los dos amiguinhos. Falar com a diretora também não dá, afinal eu vou dizer o que? "Arruma uma professora de classe média pra dar aula pra ele"? Eu não sou tão baba** a esse ponto.
O jeito é continuar consertando-o toda hora. Mas é uma pena ouví-lo falar assim. É como se eu tivesse uma filha funkeira ou um filho vascaíno. ;)
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13.5.04
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23:09
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Faz melhor?
Agora o Matheus deu pra me zoar. Volta e meia ele faz isso.
Ele reclamou pra mim agora pouco que não estava conseguindo dormir. Então eu fiquei um pouco na cama com ele fazendo cafuné pra ver se ajudava. Depois de alguns minutos, quando a coisa dava os primeiros sinais de estar fazendo efeito, lembrei de uma música que a mamãe sempre canta pra ele desde que ele nasceu e é tiro e queda, o bichinho dorme rapidinho. Mesmo ela não estando em casa, decidi eu mesmo cantarolar mais ou menos os versos que eu lembrava da musica.
Não é que ele começou a rir de olhos fechados?
- O que foi, filho? Quer que eu pare? - falei, meio envergonhado, porque sabia que estava bem ridículo mesmo.
E ele:
- Não, canta aí...
Putz, me senti um daqueles candidatos reprovados do American Idol. Ok, tudo bem que comparar o papai cantando com a mamãe é como comparar um Miojo com o Farfale do restaurante Borsalino, agora, quem foi que o promoveu a jurado?
- Não, filho, vou ficar só no carinho.
- Tá bom.
E nem uma insistida por educação...
Quem educou este menino, afinal?
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12.5.04
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09:41
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Pensando bem...
...não gostei da tela dos comentários. Vou tentar descobrir como posso deixá-la mais amigável, e depois a ativo novamente.
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11.5.04
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21:25
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Até tu, Brutus?
Ok, eu mesmo sabia que cedo ou tarde acabaria cedendo e colocando comments nesse blog.
Eu ainda quero que este projeto funcione 100% off-line para poder rodar num CD-Rom, daqui a alguns anos, e os comments não permitem isso. Mas esse novo sitema de comment do blogger, além de ser muito simples de colocar, tem um liga/desliga bastante providencial.
Então é isso. Fiquem à vontade para usar essa funcionalidade o quanto quiserem. :)
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21:18
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Dr. Evil
 Esse menino está ficando maquiavélico!
Estavamos nós dois voltando pra casa de carro, e uma coisa diferente aconteceu, de repente: silêncio.
No início foi aquela bagunça normal. Mas lá por São Conrado, mais ou menos, ele ficou quieto. Eu olhei várias vezes pra trás achando que ele tinha dormido, mas ele estava simplesmente quieto, olhando pela janela.
Uns 10 minutos se passam, e, enquanto estou eu curtindo aquela calmaria toda (com o rádio desligado, inclusive), ele segura os meus ombros com força e berra:
- BUUUUUUUUUU!!!!! - e cai na gargalhada!
É claro que eu não adimiti que tomei um susto enfartante na hora, mas quando o vi rindo horrores, não aguentei e acabei cedendo. Mas não tanto: ;)
- Filho, você não pode dar um susto no papai quando eu estiver dirigindo. Eu posso bater o carro...
Acreditam que ele riu ainda mais? Fala sério! :D
Se algum de vocês quiser fazer a refilmagem de O Bebê de Rosemary, A Profecia, ou algo assim, posso emprestar o Matheus por uns tempos. Não vai nem precisar fazer laboratório pra conseguir o papel...
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9.5.04
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11:01
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Tilt
Pessoal, minha indisculpável inocência em confiar no backup automatico da Microsoft me fez perder todos os e-mails que eu tenho guardado há uns 8 anos, mais ou menos. Além de muitas outras coisas valiosas. Felizmente, as fotos digitais estão intactas.
E entre os e-mails valiosos que eu perdi, estavam os que vocês mandam pra gente. Se vocês puderem me mandar mais um, pra eu guardar o endereço de vocês de novo, agradeço. Meu Adress Book está vazio.
Tenho um loooongo trabalho pela frente... <:)
Ah, feliz dia das mães!
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4.5.04
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22:42
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Caindo do céu
Vejam só que legal.
Hoje me liga uma moça da revista Seleções (Reader's Digest, aquela revista em formato pequeno que encontramos em quase todos os consultórios médicos) e me diz que eles vão usar um post daqui do Day by Day na edição de junho! :O
E como se não bastasse a honra, ela ainda disse que vai me dar trezentas pratas pela colaboração! :D
Taí uma coisa que eu nunca pensei que esse site fosse me dar: grana.
Mas quem sou eu pra reclamar, né? Que eles fiquem sempre à vontade. :)
E pra eu não ficar com a consciência pesada de estar "enriquecendo" em cima do meu filho, vou usar essa grana pra comprar a bicicletinha que ele tá pedindo de natal. Ele está louco pra aprender a pedalar numa de rodinha.
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3.5.04
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14:29
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Ops
- Pai, como era aquela música mesmo?
- Qual, filho?
- Aquela música de adulto que a gente ouviu no rádio! - (esse é o termo pra qualquer música que não seja infantil)
- Não sei não, carinha.
- Não sabe?!? - disse ele chocado - Como você não sabe, pai? Você não sabe tudo?
- Éééé... hummm... bom... ei, vamos ver se o almoço já tá pronto?
:P
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Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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