Olá.
Bem vindo ao projeto Matheus Day-by-Day. Aqui eu pretendo registrar um pouco da alegria diária que envolve essa fantástica experiência que é a paternidade. A intenção é manter uma atualização bastante frequente. Espero que consiga.
Esta não e só uma maneira de trazer ao contato dos parentes e amigos que nem sempre estão por perto o crescimento do meu filhote, mas também é uma homenagem minha a ele - uma espécie de diário moderno - onde estou, espero, investindo num futuro onde nós dois nos sentaremos juntos, daqui a 10 anos, e relembraremos estes bons momentos de nossas vidas.
Espero que curtam este pedacinho do nosso dia a dia do mesmo jeito que eu curto em dividí-los com vocês.

Um abraço,
                    papai Gustavo.


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27.2.04
14:42 ::
Preso no banheiro
Em todos esses anos nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece...É, a independência tem o seu preço.
O Matheus já sabe ir ao banheiro sozinho (só manda aquele clássico "já acabeeeeeeeeei" quando está sentado na privada), e sabe escovar os dentes e lavar as mãos sozinho, subindo numa cadeirinha especial que fica ali perto pra ele. Só que ele fica de porta fechada, porque é assim que usamos o banheiro também, e ele sempre quer fazer igualzinho.

Mas ontem estou no computador quando ouço "Paaaaaai, abre a porta!!!". Quando eu cheguei pra abrir a maçaneta, vi que ele simplesmente se trancou lá dentro!

- Filho, tem que girar essa rodinha que fica embaixo da maçaneta!! - falei quanto dava um olhar de urgência pra Camille desligar o telefone. No entanto, não fiquei assustado porque nos poucos milissegundos que eu levei pra perceber que a porta estava trancada, percebi que em último caso eu poderia dar um chutão nas grades de respiro da porta, quebrando-as e abrindo uma passagem de emergência. Então o pior final dessa história seria um mero prejú financeiro, menos mal.

- Maçaneta? - repetiu ele.
- Maçaneta é essa parte que a gente puxa pra abrir a porta, você tem que abrir o trinco que está embaixo!

Pronto, ele realizou que estava mesmo preso, e começou a chorar. Nessa hora a mamãe chegou e começou a falar com ele para tranquilizá-lo.

Então lá fui eu dar uma olhada na fechadura, coisa que nunca tinha feito antes. Eu já vi várias chaves hexagonais que poderiam facilmente abrir esta porta, só que eu não tinha nenhuma delas em casa. Porém, olhando lá no fundo da tranca, percebi que havia um sulco e que talvez eu pudesse movê-lo com uma chave de fenda adequada.

E enquanto procurava a ferramenta correta o Matheus conseguiu abrir sozinho a porta, depois de se acalmar e tentar diversas vezes mexer no lugar certo. Claro que ele chorou tudo de novo quando conseguiu sair, mas o importante é que ele estava bem.

---

Hoje de manhã ele fez xixi de porta encostada. :)



24.2.04
22:00 ::
No supermercado
Ok, tô na área. Tá na hora de fazer um estrago no cartão de crédito do papai.Hoje fui fazer compras com o Matheus. Mamãe ficou arrumando a casa pra reuniãozinha de hoje à noite, e eu fui comprar os comes e bebes com ele. O lance é que para ir comigo ele fez uma exigência: que levasse seu próprio carrinho de supermercado.

Opa, o que é isso, pessoal? Bono? Já é!Hummm... eu levo o iogurte rosa ou o iogurte rosa? Tudo bem, levo os dois.Isso rendeu bons momentos. E, é claro, a atenção de todos no supermercado. Um porque ele ia andando na frente, fazendo questão de não ficar muito próximo de mim, só checando de vez em quando se eu ainda estava por perto. E dois porque ele mesmo foi escolhendo suas comprinhas, e falando sozinho o quanto era bom tal produto à medida que o via nas prateleiras.

Olha, quanta coisa colorida! Quero esse aqui, esse aqui, e esse aqui, que é até meio feio, mas como não sou eu que tô pagando mesmo...Pai, olha pra trás um pouquinho pra eu dar um confere aqui se todos eles estão com gosto bom...O curioso foi que ele fez questão de imitar o máximo possível as ações que ele me via fazendo, de dentro do carrinho, em outras oportunidades. Tipo, ele olhava pra um produto e falava pra ele mesmo "Eu vou levar esse aqui ou esse aqui?", mesmo se tratando de dois produtos completamente diferentes, como um pacote de macarrão e um vidro de catchup. :)

A propósito, se você é solteiro, tô alugando o meu filho pra fazer o mesmo passeio contigo pelo mercado. Você vai se surpreender com o resultado, e, principalmente, vai poder aproveitá-lo. ;)



20.2.04
11:13 ::
Pelos cotovelos!
...aí então eu fui com a Clarinha pro escorrega e... PAI! PÁRA DE DORMIR!!! Rapaz, como esse menino fala! Ele volta da creche absolutamente recarregado, e os momentos seguintes são de deixar os ouvidos vermelhos!

Nossa rotina é basicamente esta: pegamos ele na creche, e ele começa a falar. Fala fala fala fala fala fala fala... e quer brincar de esconde-esconde dentro do carro (sim, é isso mesmo que voce leu, dentro do carro). Então a gente o acha nos dois únicos lugares disponíveis para se esconder - atrás dos bancos - e interrompemos a brincadeira. "Ah, então eu vou falar mais." E fala fala fala fala fala fala...

Chegamos no condomínio. Ele pula no meu colo (ou senta no compartimento entre os bancos, que ele chama de caixinha), e brincamos de fazer barulho quando o carro passa nos quebra-molas. Claro que acompanhado de muitos gritos. Ao chegar na entrada do meu prédio, ele se joga na janela (em cima de mim, e com o joelho fazendo pressào vocês sabem aonde) pra receber do porteiro o cartão de identificação. Pronto, estacionamos o carro e ele sai correndo se esconder no vão das correspondências. Eu chego com passos fortes e barulhentos, passo por onde ele está escondido, chamo por ele duas vezes, volto e o encontro. Ele então fala pra eu olhar as cartas e não fica quieto até que eu feche a portinha do meu escaninho. Em seguida corre pro elevadores, onde a mamãe ficou esperando, e começa a torcer para um elevador específico chegar antes dos outros. E, enquanto não chega, ele, é claro, fala fala fala fala fala fala.

Chegou! Entra correndo e pede "elevador" pra mim, que consiste em subir no meu pé, e eu levantá-lo o suficiente para ele alcançar o botão do 17º andar. A subida é longa, e o assunto dele também. Chegamos em casa, ele pede comida imediatamente. Então ou ele fala fala fala fala fala fala com a mamãe na cozinha, ou ele fala fala fala fala fala fala comigo na sala. Geralmente ele reveza, porque a gente não aguenta e manda sempre ir falar com o outro. :)

Vocês não tem noção. Isso aí em cima que eu descrevi acontece todos os dias. O esconde-esconde no carro, a brincadeira no quebra-molas, o esconderijo no corredor de correspondência... tudo, sempre igual. Há meses.

Acho que agora na hora do almoço eu vou sair pra comprar um walkman pra ficar ouvindo no carro aquelas fitas de meditação, com barulho do mar, do jardim, etc. :)



18.2.04
17:16 ::
O presente perfeito
Sabe quando você está andando na rua, e passa por aqueles raros momentos onde acha uma coisa perfeita para alguém? Aquela coisa inquestionável, que faria a outra pessoa escalar uma montanha para conseguí-la?

Eu achei o do Matheus.
Imagina se eu chego em casa com isto aqui nos braços...



16.2.04
18:10 ::
Uma hora mais cedo
Todo final de horário de verão é a mesma coisa. Nunca conseguimos aproveitar a hora a mais, porque o Matheus não entende que pode acordar mais tarde e pronto: sou puxado da cama uma hora mais cedo do que deveria.

Na verdade, o horário de verão não deveria acabar no final de semana. Afinal, que benefício a população tem ao ganhar uma hora a mais na madrugada de sábado pra domingo, quando pode (menos eu) dormir até a hora que quiser? O horário tinha que acabar às quartas-feiras. Ainda mais porque quarta sempre foi o dia oficial do futebol, seja na TV ou em pelada de campo, mesmo. Aí sim, uma hora a mais é show de bola. Mas também poderia ser qualquer outro dia da semana que eu estaria feliz. Menos sábado e domingo.

Bom, mas voltando ao Matheus, dessa vez fizemos diferente. Como essa hora de sono a mais seria mais importante que nunca pra gente (estamos trabalhando mais que os anos anteriores), sentei com ele e disse:

- Olha filho...
- O que?

Nessa hora eu vi nos olhos dele que não ia adiantar nada. Ele não se baseia por nenhum horário. Ele nem mesmo sabe o que são horas, ou pra que serve o relógio.

- O que, papai?
- Você vai dormir na casa da vovó.



12.2.04
14:46 ::
Telepatia paterna
É sabido que um casal, quando tem filhos, muda boa parte da sua vida. Mas os efeitos não são apenas no cotidiano. Até o raciocínio muda um pouco. Explico onde eu quero chegar:

Hoje cedo estávamos nós 3 no elevador, indo para a creche e depois pro trabalho, quando entra um pai e suas duas filhas. Uma um pouquinho mais nova que o Matheus e a outra um pouco mais velha. Eles moram no apartamente exatamente embaixo do nosso, e nós já havíamos apresentado as meninas pra ele, na intenção de quando ele ficasse pulando forte no chão eu lembraria quem ele está incomodando.

Então tá. Nós 6 no elevador, tentando fazer as crianças interagirem (nessa hora cada uma abraça a sua família, como se a gente fosse coloca-los para uma briga-de-galo, ou sei lá o quê), quando eu comento em voz alta:

- Ih, gente, olha só o sapatinho dela, que lindo!

Era um tenizinho todo incrementado. Aí eu percebi que o da mais velha era exatamente igual. Então tive que dividir o elogio pra não desprestigiar ninguém:

- Ih, ela tem um igualzinho, que bacana!

Então o pai dela me olhou e disse:

- Pois é. O lance é que o sapato dessa aqui (a mais nova)... eh eh...

Quando ele deu o sorriso de cumplicidade a gente entendeu na hora e todo mundo riu. Digo, menos as crianças, óbvio. Ficou claro (?!?) que uma aproveitou o sapato da outra, mas que não poderia ser dito naquela hora.

- Mas elas calçam o mesmo número? - ainda fiz questão de perguntar.

- Quase o mesmo. Sobra um pouquinho na mais nova.

Novas risadas, e nos despedimos.
No carro fiquei imaginando novamente a cena. Como teria sido se houvesse um cara sem filhos no elevador também? A conversa, que foi completamente normal para nós, vendo de um outro ângulo não faz o menor sentido. Não só o enredo foi "adivinhado", como também alguém que não tem filhos pode não estar familiarizado com o quão importante, comum, e principalmente sensível é o compartilhamento de ítens entre as crianças. Fora o pequeno ego delas, que a gente tenta não tocar evitando falar nesses assuntos abertamente.

Certamente o cara sairia do elevador pensando "que gente maluca". Mas pra ter filhos tem que ser um pouco maluco mesmo, né? Fazer o quê? :)



9.2.04
22:47 ::
Reflexões
- E agora, papai? Daqui a pouco vou ficar velho que nem você. - Não esquenta, filho, que isso passa. Agora fica aí que eu vou me jogar lá embaixo do prédio e já volto.Outro dia pegamos o Matheus chorando fraquinho, sozinho.

- O que foi, meu lindinho?
- É que eu não quero ficar velhinho e morrer...

Eita, essa foi profunda.
Pra falar a verdade, nem lembro bem o que eu disse na hora, mas minha vontade mesmo era de pedir pra ele chegar pro lado para que eu - que já entrei na casa dos 30 - pudesse me juntar a ele.
:~(



6.2.04
17:46 ::
Espertinho
- ... e aí a tia brigou com ele.
- E por que ela brigou com ele, filho?
- Porque ele tava fazendo malcriação na sala.
- Ah, muito bem. E você, faz malcriação na sala também?
- Nãããooo (fazendo cara de injustiçado!), eu sou bonzinho.
- Você é bonzinho? - respondi exagerando no tom de incredibilidade.
- Sou sim!
- E por que você não é bonzinho em casa?
- ...

Ok, forcei um pouco a barra. Ele é bem mais bonzinho que "mauzinho". Mas fiz de propósito pra ver o que ele iria responder.
Então ele me sai assim:

- É que em casa eu nunca me lembro de não fazer malcriação!



4.2.04
10:20 ::
Sai, micróbio!
Mamãe tentando convencer o Matheus de lavar o machucado:
- Não, mamãe, não quero, vai doer... (falando com voz chorosa)
- Calma, filho. Tem que lavar, a gente faz bem devagarinho.
- Não, ai, vai doer muito, não quero...
- A gente só coloca aguinha em cima, filho. Só pra lavar o dodói.
- Não, não, não...

E assim ficou por um tempo. Então eu, que estava vendo a cena do sofá, aproveitei que a mamãe saiu, cheguei no ouvido dele, e falei:

- Vamos contar uma coisa pra mamãe? Uma coisa que ela não sabe?

Na mesma hora ele parou com o chorinho e prestou atenção.

- Ensina pra ela, que se não lavar o dodói, o micróbio entra no machucado, e ele cresce bastante.

Ele arregalou o olho.

- E se crescer, Vai ficar desse tamanhão todo, olha - e desenhei o contorno para onde o machucado cresceria.
- MAMÃE!!!
- Calma filho, ela tá no banheiro.
- MAMÃE!!!!!!
- Espera ela acabar, filho!
- Ai, tá entrando, tá entrando!!!
- Não, filho, não é assim tão rápido. :)

Então a mamãe chegou e ele contou rapidamente a novidade pra ela, e foram para o chuveiro.

Moral da história: a mamãe pode ser bem mais carinhosa, mas quando se trata de enrolar, eu sou imbatível. ;)



3.2.04
10:35 ::
Porsche kid
Como alguns já devem ter visto na área de fotos, o Matheus adora andar de alguma coisa. Ele começou com aquelas motoquinhas tipo velotrol, depois ganhou uma motorizada do vovô Naldo e da vovó Lena. No parquinho da Mônica ele só tem olhos para o carro elétrico. E agora ele quer uma bicicleta de aniversário.

Filho, desculpe, mas a regra em relação a isso aqui em casa é que o filho não pode ter um carro melhor que o do pai. Lamento.Agora imagina se ele vê um garoto no parquinho andando com um carrinho desses! Nada mais é que um Porsche Spider cuidadosamente fabricado para crianças, que provavelmente deve custar mais do que o meu carro de adulto. Fala sério...



1.2.04
12:06 ::
Inimigo meu
Voltando para casa de carro, o Matheus me vem com essa:

- Pai, olha o guarda!

Como eu já havia contado antes, ele tem ficado ligadão no trânsito e nos guardas. Então achei que fosse vir alguma bronca qualquer, mas eu não tinha feito nada errado...

- O que tem ele, filho?
- Atropela ele!
- Hã?! Atropelar o guarda?!? Por que?!?
- Porque ele é mau.
- Não é mau nada, filho. O guarda é bonzinho!
- Não é, ele luta com você e te leva preso!!

Hã? Como assim?

- Filho, quem te falou isso?
- Ninguém.
- E onde você viu isso?
- Nenhum lugar.

Essa eu bolei. Ele só vê o Discovery Kids, e esse canal jamais mostraria isso. Será que ele anda assistindo a Nickelodeon quando eu não estou olhando? :)




Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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