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28.3.03
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17:17
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Pela culatra
 Maldita hora que o Matheus aprendeu o significado dos sinais de trânsito. No início era sempre bonitinho, ver ele dizendo "verde pode andá, amalelo tem que espelá, e vermelho tem que palá", cada vez que passávamos por um sinal.
Mas começou a ser um problema quando ele passou a não me deixar passar nem pelo sinal amarelo! E aqueles sinais da Tijuca, quase meia noite, que não são de cruzamentos, só de pedestres? Como vou explicar pra ele que o fator violência urbana tem um certo impacto em relação a obediência das regras de trânsito a partir de determinado horário?
E se eu avanço ele briga, dizendo que eu não podia ter feito isso. Nego chega a buzinar pra eu andar, e passa pela gente quase nos xingando. Que situação ridícula... :)
Mas é melhor isso que ser mal interpretado pelo meu filho. E enquanto o sinal não abre, a Camille e eu ficamos tensos olhando pra tudo quanto é lugar, torcendo pra não vir ninguém mal intencionado.
Sabiam que ele também não deixa você sair com o carro se não estiver com o cinto de segurança? Acho que eu vou alugar esse menino como acessório de carro.
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26.3.03
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15:59
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Oh não, não agora...
O Matheus está desenvolvendo uma habilidade especial em deixar sempre para ir ao banheiro nos piores lugares. Ontem foi a vez do supermercado, quando, assim que chegamos, ele pediu pra ir ao banheiro. E não era xixi... :(
Agora você imagina como é fazer uma criança, que não pára quieta, ficar sem se mexer num lugar sujo e fedorento como um banheiro público. Eu até consegui isolá-lo com papél higiênico, na medida do possível, de tudo o que era mancha ou substância verde, amarela, marrom, e roxa (juro que tinha uma coisa roxa, preferi nem tentar adivinhar o que seria). Mas ele queria pegar em todas as pixações da parede (graças a Deus ele não sabe ler. Isso vai ser um problema adicional no futuro), e acabava se mexendo, tirando a proteção que eu fiz... um caos.
E pra completar a aventura, eu fiz um comentário inocente com ele - pra distrair as broncas que eu dava quando ele se mexia muito - em dizer, com cara engraçada de nojo: "Matheus, que cocozão!", que, é claro, fez ele cair na gargalhada.
Mas aí depois que a gente lavou as mãos e saiu do banheiro, ele saiu correndo pra cima da mamãe e berrou todo alegre pra todo mundo da praça de alimentação ouvir:
- Mamããããããe!!! Eu fiz um cocozãaããão!!!!!
Ainda bem que eu ainda estava longe. :)
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25.3.03
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12:27
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Papéis trocados
Quando os meus pais viajaram pra Flórida, minha atenção voltou-se para o Matheus, que iria perguntar muito pelos avós, já que ele os via quase toda semana. Mas até que ele ficou tranquilo, dizem que as crianças se acostumam fácil com mudanças de rotina. Elas resistem à mudança, é verdade, mas se adaptam em pouco tempo a elas.
Mas agora o problema são com os avós, que estão querendo voltar logo. Todo dia minha mãe me liga dizendo que tá com saudade do Matheus. Dos pais ela mal pergunta, mas 80% da ligação telefônica é falando sobre o neto. :)
Mamãe no avião
Isso me lembra um caso que eu esqueci de comentar aqui. Dois dias depois dos avós terem embarcado no avião (embarcado no avião? Ficou estranho, ne? Será que existe aviado? Hummm... não, melhor não) eu fiz sem querer o Matheus pensar que a Camille também tinha ido viajar. Tadinho, a família toda estava indo embora... :)
Quando peguei o Matheus na escola, ele perguntou pela vovó. Eu disse que ela ainda estava viajando, e que ia demorar ainda muito tempo pra voltar. E ficou por isso mesmo.
Ao chegarmos em casa fizemos a brincadeira de sempre, na hora de esperar o elevador, que é de adivinhar se a mamãe já havia chegado ou não. Mas nesta hora eu lembrei que ela ia direto pra casa de uma amiga, e só iria voltar bem tarde. Então falei pra ele:
- Matheus, quem vai fazer o seu papá sou eu, porque a mamãe não chegou e ainda vai demorar pra voltar.
Tadinho, ele então ficou quietinho dentro do elevador, todo pensativo - e eu nem me toquei do que estava acontecendo. Até que ele perguntou:
- A mamãe tá no avião também?
Eheheehe. Não, filho, só a cabeça do papai. :)
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20.3.03
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15:43
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Troninho divertido
Quem já teve que "desfraldar" os filhos sabe que esse é um momento muito importante na vida da criança. Usar a privada é um divisor de águas, é a demonstração definitiva de que chegou a fase de amadurecimento individual.
No entanto, essa quebra de rotina é algo bem sensível de se fazer. Você tem que fazer algo engraçado pra descontrair aquele momento, ou cantar uma musiquinha, ou arrumar um peniquinho que faça barulhinho. Tudo pela descontração.
Mas cuidado! Não exagere na dose, ou ele vai acabar pedindo um desses quando crescer.
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19.3.03
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17:47
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Monogamia pra quê?
Esta semana eu perguntei ao Matheus qual era a namorada dele, e ele respondeu "Luisa, Clara e Milena".
- Mas três filho?
- É.
- Mas não pode, tem que ser uma só.
- Pur quê?
Hummm... boa pergunta. Por que? Eu nem gosto dessa regra... :)
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13.3.03
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15:08
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Não se pode elogiar
Foi só eu falar aqui que o Matheus respeita direitinho a regra de não comer ovo todo dia, que justamente ontem ele se rebelou. Quis porque quis, a gente disse que não era dia, mas ele ficou insistindo sem parar. Ok, um pequeno desconto porque ele estava com sono, e criança com sono fica chatinha e manhosa.
Mas nessa confusão toda ele acabou dando uma resposta bem inteligente, como foi também essa do último post. As vezes fico surpreso com o raciocínio dele, e custo a acreditar que ele ainda nem tem 3 anos.
Depois de ficar repetindo umas 30 vezes "Quero comer ovinho, quero comer ovinho", e nos ignorando completamente, a mãe finalmente perdeu a paciência:
- Matheus!!! Se focê falar ovinho mais uma vez, vai ficar de castigo!!!
Ele ficou quieto, sério, veio pra mim e falou:
- Papai, quero comer aquilo...
Dessa vez a gente não conseguiu segurar o riso. :)
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12.3.03
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19:47
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Ovinho mexido
É impressionante como esse menino gosta de ovo mexido. A gente aqui teve que criar uma regra, algum tempo atrás, de que é proibido comer ovinho na comida todos os dias. No início ele reclamou, mas depois entrou no esquema. Sempre pede pelo tal ovinho, mas sabe que tem dia que pode, e tem dia que não pode.
Só que, com o Matheus, a privação estimula a ardilosidade: agora pouco entrei com ele na portaria do prédio, o porteiro deu "Boa noite" pra ele, e ele não respondeu. Eu então disse que tinha que dizer boa noite sim, e ele retrucou dizendo que já tinha dito ontem. E, eu, que nem um patinho, caí na armadilha:
- Mas tem que dar boa noite todo dia!
- Então eu posso comer ovinho todo dia?
Humpf... :/
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11.3.03
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11:24
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Pequenas empresas, péssimos negócios
Taí uma creche que eu quero o meu filho longe!
:)
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6.3.03
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22:56
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Lá, lá, laiá... tá chegando a hora...
Que maravilha! Carnaval terminado, ânimos renovados, e nos esperando uma semaninha de dois míseros dias úteis. Quase dá pra fingir que são férias! :)
Mas o que importa é o descanso. Quero dizer, azaração e pegação também é bom, mas depois que você casa e essas coisas acabam, o lado pecaminoso do carnaval perde o sentido, inclusive o de ir a bailes por aí. É pedir pra se estressar, já que tá todo mundo no clima de oba-oba, e você tem que ficar "lembrando" os outros que a sua esposa NÃO está. Então o segredo é juntar alguns amigos na mesma situação e descansar em algum lugar longe do Rio.
O único porém é que tem um rapazinho com a gente que não tem culpa dos pais não gostarem de carnaval. Então começa a tarefa de procurar um baile que ainda tenha um restinho de inocência, um lugar que as fantasias não tenham duplo-sentido, e que não tenha ninguém cheirando... hummm... serpentina pelos cantos.
Felizmente, achamos um lugar que parecia ter voltado no tempo. Marchinhas de carnaval de "mil novecentos e rascunho de bíblia", um monte de crianças fantasiadas correndo pra lá e pra cá, confetes e serpentinas em tanta quantidade que não dava nem mais pra ver o chao, e tantos velhinhos que parecia que estavam filmando Cocoon 3 por ali. :)
 Mas acho que o Matheus deve acabar seguindo os nossos passos. Um monte de crianças correndo pra lá e pra cá, e ele só queria andar de carrinho no meio delas. E tirando muita onda, inclusive, já que era o único.
Oh-oh! Será que ele está virando playboyzinho? :)
Daqui a pouco ele vai pedir pra fazer Jiu-Jitsu! Eu sabia que a convivência com o tio Digão não era uma boa... Ehehehee... :)
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Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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