Olá.
Bem vindo ao projeto Matheus Day-by-Day. Aqui eu pretendo registrar um pouco da alegria diária que envolve essa fantástica experiência que é a paternidade. A intenção é manter uma atualização bastante frequente. Espero que consiga.
Esta não e só uma maneira de trazer ao contato dos parentes e amigos que nem sempre estão por perto o crescimento do meu filhote, mas também é uma homenagem minha a ele - uma espécie de diário moderno - onde estou, espero, investindo num futuro onde nós dois nos sentaremos juntos, daqui a 10 anos, e relembraremos estes bons momentos de nossas vidas.
Espero que curtam este pedacinho do nosso dia a dia do mesmo jeito que eu curto em dividí-los com vocês.

Um abraço,
                    papai Gustavo.


Ah, não deixe de conferir as postagens anteriores aqui!




Matheus ensina como fazer uma escultura com toalhas!

Conheça os segredos das imagens 3D!

Faça você mesmo o seu ímã de geladeira!

Descubra o que é isso, e como uma simples foto pode ajudar a identificar essa doença


















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29.1.03
20:07 ::
Também quero

Criança adora ficar pelada, né? Mas não pode. O Matheus sempre tenta enrolar na hora de colocar a roupa depois do banho, mas a gente sempre deu um jeito de distraí-lo para colocar a roupinha dele. Até que um dia ele pegou seu Puff, levou pra gente, e perguntou:

"- Mas puquê o Puff pode ficá pelado e eu não?"

Clique na imagem acima para ver a solução que fomos obrigados a tomar depois dessa...



27.1.03
14:57 ::
Lencinho umedecido
Decidi hoje acabar com um dos segredos que os pais de família guardam dos que não têm filhos. Sim, claro que temos segredos. Vocês acham que podem cair na gandaia todos os dias, decidir viajar de uma hora pra outra, ter mais dinheiro que os que tem filhos, e ainda assim saber tudo? Não, tem umas coisinhas que a gente guarda pra gente, só pelo prazer de pensar "eu se-ei, você não sa-be..." :)

Eu estou falando simplesmente de uma das maravilhas do mundo moderno, que vocês nem imaginam do que se trata: o lenço umedecido para crianças. Esta invenção sensacional, criada originalmente para limpar bumbum sujo, são pequenos salva-vidas que acabam entrando na sua vida e não saem mais. Nós aqui de casa temos um pouco em tudo quanto é lugar, porque eles servem simplesmente para tudo.

O do carro te ajuda a limpar as mãos sujas quando se tem que mexer em alguma coisa no motor (ou, no meu caso, quando tenho que olhar lá dentro e fingir que estou entendendo alguma coisa. Infelizmente, pra ter credibilidade nessa hora, preciso enfiar a mão em algum lugar, franzir a testa, fazer um barulho de esforço como se estivesse apertando algo, me afastar enquanto balanço a cabeça positivamente, e baixar o capô). A sujeita da mão sai perfeitamente, além de ganhar uma perfumadinha. Também serve para limpar o estofado depois que o seu filho derruba o suco de maracujá que você não queria que ele bebesse no carro, mas a sua mulher jurou que ele não ia derramar.

O da bolsa de mulher serve para tirar a maquiagem, ou para corrigir borrões dela. O da bolsa da criança, além de cumprir sua tarefa principal quando se está na rua, pode também limpar as paredes da casa da sua tia (antes que ela veja, claro) quando o seu filho descobre que giz de cera na parede dela sempre acaba com o tédio de uma visita demorada, e ainda avisa pros pais que já está mais do que na hora de ir embora.

Em relação à comida, funciona que é uma maravilha. Cai como uma luva na hora de limpar as mãos antes e depois de comer (também serve para a boca), e faz um trabalho milagroso ao tentar tirar o pingo de maionese que caiu na sua roupa quando você teve que comer aquele morreu às pressas na rua entre uma reunião e outra. E muitas cositas más.

E ainda faz bem pro ego: você pode olhar pra cara de um sujeito na rua de manhã voltando de uma noitada, com a roupa esgarniçada, cabelo despenteado, e um sorriso de orelha a orelha, e pensar com você mesmo "Rá, e daí que você passou a noite na esbórnia e diversão? Eu sei do segredo do lencinho umedecido e você não..." :)

Pois é. Agora eu sou o Mister M dos segredos da vida dos pais. Quando eu achar que vocês merecem, eu conto outro.



23.1.03
15:21 ::
Crescendo
As pessoas costumam me perguntar se eu percebo o quanto o Matheus cresce a cada dia, uma vez que estamos sempre com ele. É claro que o choque não é o mesmo de quem não o vê a um mês (e nessa idade faz toda diferença), mas percebemos esse amadurecimento nas mínimas coisas. As brincadeiras vão ficando diferentes, as respostas mais elaboradas, reações novas aparecem, como medo ou embaraço, etc.

Um exemplo disso foi ele tentando me enganar, domingo passado. Entrei na cozinha e lá estava ele e sua amiguinha Luisa jantando. Como comida de criança é geralmente a coisa mais gostosa do mundo, esta não era diferente, sendo um misto de almondegas picadinhas com molho, arroz e ovo mexido, logo me animei a comer um pouco também. E, é claro, não perdi a oportunidade de dar uma provocadinha (adoro fazer isso!) :

"- Hummm... que gostoso! Eu vou comer a comida de vocês também tá? Eu posso fazer isso?"
"- Pode" - disse apenas o Matheus. Mas como eu queria mexer também com a nossa visitinha, repeti a pergunta:
"- E você, Luisa, o papai do Matheus pode comer a sua comida,
pode?" - Nada, nenhuma reação. Insisti:
"- Pode Luisa?"

E o Matheus, aproveitando que eu estava de costas, me servindo, disfarçou a voz:

"- Pode..."

Ah, ah, ah. Morri de rir. Afinal, ele não só está crescendo, mas está aprendendo a trapacear. :)



21.1.03
14:05 ::
Faz sentido
Falando em chupeta, olha o raciocínio dele ontem, ao reclamarmos que ele não deveria fazer bobagem porque ele já é bem grandinho:

"- Eu num sô grandinho, eu sô chupeta!"

Sei lá de onde ele tirou isso, mas que faz sentido, faz.



19.1.03
16:10 ::
Assim pode
De vez em quando eu via o Matheus andando pela casa de olhos fechados e com a chupeta na boca. Os olhos não ficavam exatamente fechados, mas "fingindo" que estavam fechados, achando que ninguém estava percebendo que ele estava vendo alguima coisa. Eu achava engraçadinho, mas nunca dava muita bola. Devia ser alguma mania qualquer, e, como todas as outras, em alguns dias passaria. Mas ontem eu fui com a Camille na cama dele mexer um pouco com o Matheus, e ele fechou os olhos de novo. Comentei o fato com a Camille, e, pra minha surpresa, vi que ela sabia bem a razão daquilo tudo:

"- É porque eu disse a ele que só podia chupar chupeta quando fosse dormir."

Ah, então tá.



16.1.03
18:26 ::
Fim das contas
Pra quem quer saber como foi o final da minha aventura como Jacques Cousteau em São Conrado, aqui vai o resultado do prejú:

Módulo de injeção eletrônica avariado - tem que trocar a peça toda. Só isso custa uns 3 mil reais. Além disso, o distribuidor foi afetado, os sensores do airbag se estragaram, e a parte elétrica ficou meio meia-boca. Como eu vou usar o seguro, pedi pra concessionária simplesmente trocar tudo. Todas as peças que estão ou danificadas ou em suspeita vão ser substituídas. O cara garantiu que o carro vai ficar ou como antes ou melhor. Quero só ver.

O que me preocupa mesmo é a higienização. Ver o carro debaixo dágua foi como ver o início do filme Titanic, que os robôs passeavam pelos escombros no fundo do mar. E depois, quando a água baixou, e ficou aquela agua empoçada com planta e mosquito dentro? Parecia que ia sair um jacaré dali. Como eu vou esquecer essa cena? Vou achar eternamente que ainda tem algum cheiro, ou que ainda tem algum mosquito perdido, água em algum compartimento, e por aí vai. Pra isso não acontecer, o resultado tem que ficar muito, muito bom.



11.1.03
21:16 ::
Era uma vez um bom carro
Eu comentei anteriormente aqui que eu troquei de carro, não? Que tanto eu quanto o Matheus estávamos adorando o carro novo, por ser bem maior, bonito e confortável? Pois é. Essa madrugada ele sumiu.
Não, não foi roubado. Ele sumiu debaixo d'água. :(

Ontem foi aniversário de um grande amigo em São Conrado. A casa é grande, o condomínio é de luxo, e os convidados amontoavam seus carros como podiam na rua principal. Até que caiu aquele mega temporal que começou pouco depois das 23h. A chuva caiu de um jeito tão avassalador, que prendeu todos dentro da casa, e começou a alagar todo o espaço da região. Quando percebemos o tamanho do problema, alguns convidados começaram a entrar na água, que não era só água, tinha também lama, barro, e um pouco de esgoto, pra não falar na correnteza. E lá estavam também os nossos carros, com água acima do capô do motor. Os esforços conjuntos ainda tentavam empurrar alguns para uma parte com um nível de água mais baixo, mas o meu, que tem câmbio automático, não pôde ser empurrado, porque, pra quem não sabe, o modo Parking deixa o carro travado, como se estivesse engatado, além de qualquer ajuda.

E eu lá, debaixo daquela chuva inacreditável, olhando para o carro que era meu há pouco mais de 1 mês, com água até o volante, e com tudo o que eu havia deixado lá dentro, como fone de ouvido de celular, óculos escuros, documentação do veículo, pertences do Matheus, etc. Tudo submerso. Lembrei de uma cena do filme "O Destino de Poseidon", onde uma onde gigante virava um navio de luxo, e os passageiros tinham que sobreviver até chegar ajuda. Em determinado momento, eles tinham que fechar uma passagem para evitar que a água passasse, mas acabavam também trancando, do outro lado, alguns passageiros que ainda estavam vivos. E eu estava ali, ajudando os outros carros, e evitando olhar para o meu e pensar se ele ainda estava "vivo". Voltei pra dentro com cara de derrotado, e ficamos conversando por horas até esperar o nível de água baixar pra podermos ir embora. Eu mencionei que estávamos sem luz? Pois é. Estávamos.

Com o fim da chuva (forte), o nível da água acabou baixando. Alguns conseguiram até ligar os seus carros apesar de tudo, mas eu preferi deixar o meu lá do jeito que estava, naquele estado deplorável, e rebocá-lo para a concessionária no dia seguinte.

O dia seguinte
Cheguei ao local do incidente por volta das 11h da manhã, e de longe constatei que o carro ainda estava pingando muita água no chão. O sol forte estava ajudando a fermentar todas as bactérias nojentas que povoavam o meu carro agora, o que deixava um odor parecido com o de um pântano, uma vez que nem me ocorreu deixar as janelas um pouco abertas pra ver se o sol ajudava a evaporar um pouco ao amanher. Os compartimentos do carro estavam todos alagados, até o farol. O chão do carro também estava coberto de água, inclusive com aquelas mosquinhas chatas que ficam em poças. O nível de água no porta malas estava cobrindo o estepe. Apesar de tudo, consegui meter a mão dentro do carro pra abrir o capô, apenas para constatar que ele estava completamente enlameado, com folhas de parreira por dentro de todos os espaços disponíveis. Uma visão de apertar o coração. O único argumento positivo que eu consegui achar pra me apegar, é que eu ainda não havia trocado o rádio do carro por um melhor, o que estava ali era o simples toca-fitas original do Honda. Um bom rádio, mas sem CD, e eu já estava cotando alguns modelos para substituí-lo. Felizmente, ainda não o havia feito, porque seria mais um prejuízo que eu teria.

Quem estava comigo jurava que o carro pegaria, ainda assim, mas eu não quis arriscar. Tive que inserir a chave do carro para tirar do modo Parking, e assim ser puxado pelo reboque. Pra minha surpresa, a parte elétrica aparentemente funcionou. Mas foi só o que eu testei. Ao meu sinal, o carro foi levantado, e uma tonelada de água começou a sair por orifícios que eu nem sabia que existiam. Era tanta água que o cara esperou uns 10 minutos antes de colocá-lo na horizontal de novo. No caminho para a concessionária as pessoas olhavam com cara de espanto, provavelmente pensando de que pântano aquele carro teria saído.

No caminho até a concessíonária, eu começava a aceitar a péssima notícia de que o carro não seria perda total. Chegando lá, o cara me disse que seria necessario "somente" sugar todos os líquidos existentes em todos os compartimentos, inclusive combustível e óleos, e limpar tudo. Para isso teria que desmontar um monte de coisas, como motor, caixa do cambio automático, etc. Tudo teria que ser checado, até o airbag. Fora a limpeza que eu duvido que deixe o carro como estava. Ao menos psicologicamente eu imagino que sentirei eternamente um odor estranho no carro.

Agora é ir lá na segunda-feira dar a ordem de serviço, acionar o seguro, e esperar a conta. Vamos ver o que vai acontecer depois. É possível que eu o venda, mais pro final do ano. Só uma coisa é certa, depois disso: o meu próximo carro vai ter snorkel.



7.1.03
01:00 ::
Quem será?
Muito prazer. Agora na escolinha do Matheus eu sou o "pai do menino do piruzinho". É, meu amigo, que decadência pra mim. Eu sempre pensei que um dia meu filho seria alguém importante, e eu tiraria onda sendo o pai dele. Mas a fama chegou tão rápido quanto diferente do que eu imaginava.

Eu explico: como já foi comentado aqui, o Matheus está em uma ala bem diferente na escola, para crianças maiores. No terceiro dia de aula, a professora antiga dele apareceu na sala nova pra cumprimentar as crianças. Na hora de se despedir, elas pediram para a professora ficar mais, que, então, disse a todos que não era mais professora deles, e sim de outras crianças menores. Em meio ao silêncio que essa afirmação provocou, o Matheus simplesmente me solta essa pérola:

"- Mas quem é que vai segurar o piruzinho do Matheus pra fazer xixi agora?"

Pronto. Todas as pessoas que trabalham naquele lugar não só conhecem essa história, como espalham para o máximo de pais possível! Gente que nunca falou comigo antes agora me olha com um risinho de canto de boca. Se este não fosse um blog de família, eu diria pra vocês algumas das respostas que me ocorrem nessas horas... :)



3.1.03
19:32 ::
Ano novo, turma nova
O ano não começou muito bem pro Matheus. O primeiro dia dele no jardim de infância foi terrivel pra ele e pra mim. Eu porque fiquei com o coração na mão de deixar ele lá, e ele por ter ficado.

Explico: até o ano passado, o Matheus ficava no maternal. Foram vários maternais, já que de 6 em 6 meses a turma dele recebia um upgrade de matérias curriculares e atividades. Mas a turma não mudava, e nem as professoras, o que não aconteceu dessa vez. Assim, ele mudou de não só de sala, mas de ala do colégio. Está do lado das crianças crescidas, com refeitórios amplos e salas menos "fofinhas" e mais funcionais, com cadeiras de madeira, livros, e poucos brinquedos. Pra piorar, além das professoras serem todas diferentes, os melhores amigos dele ou saíram, ou mudaram de turma, ou mudaram pro horário da tarde. Some-se a isso o fato dele ter ficado 10 dias sem ir a creche por causa do recesso de fim de ano, e tem-se uma vaga noção da triste cena dele chegando e pedindo pra não ficar.

Claro que eu fiquei com ele o máximo possível, mas teve uma hora que eu tive que ir porque o meu atraso já estava passando bastante do tolerável. Ele ficou pedindo pra eu não ir, e eu tive vontade de arrancar o meu corração, jogar no chão e pisar em cima. Passei um dia péssimo, mesmo depois da Camille ter me dito que havia ligado pra escolinha, e eles terem confirmado que ele já estava bem.

E nem tenho como passar pra Camille essa tarefa de levá-lo de manhã porque a psicóloga de lá acha que seria pior, já que as mães sempre são ainda mais queridas pelos filhos. Quem disse que vida de pai não é fácil, certamente tinha momentos como esse em mente... :(




Não, não acabou!
Ainda tem muito mais aqui.
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